Apresentação
A Trupe Circus está vinculada, no bojo das ações empreendidas pela Escola Pernambucana de Circo, ao nosso Projeto de formação artístico-pedagógica de adolescentes e jovens, um das linhas de ação da instituição.
Trupe Circus: grupo, coletivo, junção, união, emoção. Todas essas palavras representam o que é a Trupe Circus, coletivo de adolescentes e jovens unidos pela paixão ao circo, que desafia a desarmonia da contemporaneidade e constrói oportunidades sócio-produtivas-educativas através da arte circense.
A partir da confiança e respeito pelas questões e ações juvenis, estamos desenvolvendo uma experiência concreta, com excelentes resultados intermediados pela Pedagogia do Circo Social, com a inserção dos/das jovens da Trupe Circus no mercado de trabalho artístico e educacional da nossa cidade. Isso porque entendemos e acreditamos que a arte constitui um canal privilegiado para apurar os sentidos da cultura e a construção de identidades individuais e coletivas e, sabemos, o mundo produtivo é importante alicerce para alcançar estes e outros objetivos, ainda mais quando focamos a juventude.
Assim, a Trupe Circus trata da formação e qualificação profissional de jovens artistas, trabalhando primordialmente os valores baseados na Pedagogia do Circo Social: a valorização do potencial juvenil, formando-os em agentes sociais e agregando competências para que possam propor alternativas diferenciadas de formação cultural e política para a sociedade e/ou espaços onde estão inseridas e inseridos.
Caso queira os nossos espetáculos, nossas atividades de vivências circenses em festas e eventos diversos ou outra intervenção artística e pedagógica utilizando as diversas modalidades do circo, contacte-nos e contrate-nos.
O e-mail é [email protected].
Trajetória
Nossos sonhos transfiguram nossos desejos e anseios mais singelos. E por que não realizá-los?
Desde o início de sua trajetória em 2000, a Trupe Circus já montou nove espetáculos, sendo os cinco primeiros Brincadeiras no Picadeiro (2000), Elementos (2002), O Vendedor de Caranguejo (2004), Estradas Cruzadas no Circo (2006) e Presepadas (2008). Participou, em 2005, do XI Festival Janeiro de Grandes Espetáculos – importante festival competitivo da cidade do Recife – com o espetáculo O Vendedor de Caranguejo recebendo quatro prêmios, dentre os quais o de melhor espetáculo infantil.
Em 2009 a Trupe Circus estreou o espetáculo Ilusão – Um Ensaio Melodramático Circense – que ficou em cartaz até 2012 – e participou de diversos eventos da cidade e do país, como o I Festival de Circo Social de Nossa América, em Goiânia-GO, produzido pela Rede Circo do Mundo Brasil. Ilusão – Um Ensaio Melodramático Circense encerrou sua carreira com uma turnê pelo nordeste patrocinada pela PETROBRAS dentro do projeto de aprimoramento artístico da Trupe Circus, ação subsidiada pelo Programa PETROBRAS CULTURAL/2010. Ainda em 2009, a Trupe Circus estreia Sonho do Circo. Um espetáculo leve, onde a brincadeira e a alegria são o norte de uma dramaturgia enredada pela amizade e pelos sentimentos de coletividade e cooperação próprias do circo. Sonho do Circo vem percorrendo uma longa carreira: foi apresentado 02 vezes no Festival de Inverno de Garanhuns/PE e ainda em outras cidades do interior do Estado que fazem parte do Festival Pernambuco Nação Cultural (Fundarpe); fez parte da programação do Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco e do Festival de Circo do Brasil/2012 e 2013; ainda em 2013 participou do I Festival da Criança em Recife e do 6º Festival de Circo de Campo Mourão/Paraná.
2011: a Trupe Circus estreia o espetáculo Círculos que Não se Fecham… Experimento nº 1 com grande repercussão do público e da mídia. Participa do Seminário Internacional de Crítica Teatral no Recife; do 5º Festival de Circo do Brasil – também em Recife –; do III Seminário Nacional de Arte-educação do SESC-PE e do V Festival Palco Giratório do SESC-PE.
Círculos que Não se Fecham… Experimento nº 1 propõe uma reflexão sobre a juventude contemporânea ao tornar relevantes seus espaços, seus pensamentos, suas ideias e práticas. É preciso dar credibilidade aos caminhos que os jovens trilham, sermos parceiros e parceiras. Precisamos estar atentos e fortes nesse caminho que se faz no caminhar, porque “um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar”, não é mesmo?
Em 2014, a EPC realizou sua primeira estreia em âmbito nacional com o espetáculo Um dia de Circo na Praia – uma aventura inusitada, o 9º do repertório da Trupe Circus. O I Festival Nacional de Circo Social de Toledo/Paraná foi quem primeiro sentiu o calor da nossa montagem.
Círculos que Não se Fecham…Fragmentos, de 2016, é uma releitura do Círculos – Experimento nº. 1 e, assim como o anterior, também propõe pensar a juventude contemporânea e tornar relevantes seus espaços, pensamentos, ideias e práticas. Nesta versão, extrai as partes/números que, neste momento, gritavam mais aos corações dos jovens da Trupe Circus e que dialogavam com o que eles pretendiam falar, gritar, dizer, trazer à cena, nesse momento específico político do país.
Em 2017, a EPC levou o espetáculo Sonho do Circo ao Parque Urbano da Macaxeira. A trama desenrola-se por meio das figuras de dois palhaços, Amei e Supisco, que, em visita ao circo, de forma desastrosa, acabam se tornando os mestres de cerimônias da encenação. Tudo acontece quando eles percebem que não é simples e fácil encantar a plateia e, a partir daí, decidem buscar nos artistas circenses as habilidades mágicas desta arte para que possam retomar o encanto e a magia que ambos possuem. Em uma atmosfera de muito riso, travam uma engraçada disputa entre eles para ver quem é o mais habilidoso artista/palhaço. No meio de tudo isto, são mostrados os números de malabares, perna-de-pau, tecido, acrobacias, contorção e, entre outras coisas, muita palhaçada.
No ano de 2018, a Trupe estrelou Flores Fortes, espetáculo de circo, dança e teatro, feito por mulheres para mulheres. Gira em torno do conceito de circo, círculo, ciclo que é o da própria vida, a todo momento reinventada. Em cena, seis atrizes circenses despem-se de conceitos preconceituosos repletos de machismos e violência fazendo um convite para que, juntas, todas as mulheres sejam mais fortes. Quebrando paradigmas, dogmas, preceitos e, principalmente, relações violentas no universo feminino e, primordialmente, no masculino que oprime e violenta.
“Nunca um acontecimento, um fato, um feito, um gesto de raiva ou de amor, um poema, uma tela, uma canção, um livro tem por trás de si uma única razão.” – Paulo Freire
Integrantes:
Coordenação da Trupe Circus: